As instituições de ensino vêm se dedicando a um novo instrumento, a educação à distância, também conhecido como EAD. Esta modalidade pode parecer nova, mas na verdade já existe há algum tempo, no entanto ganha força nos dias de hoje devido ao advento da internet e de toda sistêmica decorrente da globalização.
É comum escutarmos o jargão: “tempo é dinheiro”, e realmente as pessoas e empresas cada vez mais dinâmicas e focadas em metas buscam um melhor aproveitamento de tempo e redução de seus custos. O novo EAD (vamos chamar assim) vem como opção dentro desta realidade e possibilita o acesso a pessoas que antes não dispunham de tempo para se dedicar a cursos presenciais.
A nível de Brasil, este dinamismo é disponível em várias formas de cursos, desde Aperfeiçoamento a Pós Graduação. No entanto, ainda existe um grande preconceito com relação à EAD, muitos considerando que o mesmo não possui a mesma qualidade de um curso presencial.
Muito relativa esta comparação, pois seus principais atores continuam sendo o corpo docente e discente, onde o aluno deve buscar o conhecimento por si só, sendo o professor o responsável por auxiliá-lo na busca e sensibilização. É evidente que o estudo a distância gera uma lacuna maior entre o aluno e professor, exigindo do aluno mais dedicação e responsabilidade. Será que nossos alunos estão preparados para isso?
Por outro lado, existem as instituições de má qualidade e até mesmo indústrias de ensino que trabalham focando apenas em sua lucratividade através da produção em massa, onde além de cursos mal planejados e elaborados focam em um ensino padronizado, gerando um balizamento do conhecimento, geralmente por baixo, não considerando o fator individual de cada aluno.
Também devemos levar em consideração o fator social e de convivência em grupo, onde a metodologia presencial possibilita uma maior interação entre os membros de um grupo e uma maior troca de experiências, enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem.
Obviamente existem vários argumentos a favor e contra esta modalidade de educação. Enquanto educadores, independentemente da modalidade, devemos ter em mente o quanto nossas ações irão agregar valor ao aluno, e buscarmos as melhores soluções para o enriquecimento do conhecimento junto aos discentes.
LEONARDO FERREIRA
Muito boas suas considerações. Bem ressaltado que algumas "empresas" visam apenas o lucro e acabam sucateando o ensino, infelizmente está não é uma realidade somente das EADs mas também da educação presencial.
ResponderExcluirCabe a vontade de cada aluno em se dedicar ao máximo, porém nesse mundo capitalismo em que vivemos fica complicado focar apenas nos estudos e muitos acabam se perdendo, portanto cabe agora formas de incentivar os alunos a se dedicar apenas aos estudos, pois dessa forma teremos, no país, profissionais mais qualificados e maior número de criação científica e inovação.
No ensino presencial uma minoria de alunos não interessantemente em aprender, mas somente querem um diploma, acabam atrapalhando o desenvolvimento do todo.
O Estado, a sociedade e principalmente as instituições de ensino devem procurar fazer valer o objetivo do ensino superior:
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.
Não quero fugir do foco do EAD, no entanto é necessária uma reestruturação política em nosso Brasil.
ResponderExcluirEsta reestruturação deve ter base na educação, possibilitando o acesso a educação de qualidade a toda a população.
Outros Blogs... outras discussões:
ResponderExcluirBlog Educação à Distância: http://www.educacaoadistancia.blog.br/ensino-a-distancia-falta-de-tempo-carreira-profissional/comment-page-4/#comment-18664
Blog EaD Aqui: http://www.eadaqui.com.br/blog/opiniao/qualidade-na-ead