Ultimamente fica evidente a importância
que a logística representa junto as organizações, como uma fonte potencial de vantagem
competitiva e contribuindo de forma significativa para a estrutura de custos.
No entanto, podemos considerar a logística como fator fundamental para o atendimento
de situações “extremas”, como é o caso das catástrofes públicas.
Decidi escrever este
material devido as chuvas no estado do Rio de Janeiro, que afetam cerca de 200 mil pessoas. A chuva que teve início na
madrugada desta quinta-feira (03/01/13) obrigou mais de 3 mil pessoas a
deixarem suas casas no estado do Rio.
Diante da proporção dessa
catástrofe e em virtude das muitas partes envolvidas nesta ação humanitária, é
necessário formatar um projeto logístico complexo e ao mesmo tempo ágil e de
fácil implantação, e que resulte em um eficiente atendimento a população local.
Esta “nova” pratica recebe o nome de Logística humanitária e é responsável
por todos os processos envolvidos na mobilização de pessoas, recursos e
conhecimentos para ajudar comunidades afetadas por desastres naturais (furacões, avalanches, erupções vulcânicas, inundações / enchentes, entre
outros), ou por danos provocados pelo homem (guerras, conflitos, etc).
Não
bastasse a complexibilidade “natural” da logística, ainda existem os
problemas relacionados à infraestrutura deficiente, ocasionada pelas fortes chuvas,
dificuldade no acesso as regiões alagadas, locais inapropriados para a execução
das tarefas, o que torna difícil as operações, compreendendo as ações para
arrecadação, aquisição, armazenagem, transporte e distribuição.
A logística
humanitária difere em muitos aspectos dos outros ramos da logística, pois o
objetivo principal é a minimizar o sofrimento das pessoas que se encontram em
estado vulnerável. Para Meirim (2006) as principais prioridades da
Logística Humanitária são o fornecimento de alimentos e de água, bem como de
abrigo e de prestação de cuidados médicos.
De uma
forma geral existe uma falta de controle sob as operações devido a ser uma
situação de emergência, o que exige uma resposta imediata, além
de envolver recurso humano despreparado (voluntários) sem formação ou sem
conhecimento do idioma local. O tempo também é um fator determinante e
qualquer minuto a mais pode significar a perda de uma vida.
Fica
evidente a importância da logística nestes casos extremos, e em alguns países inclusive
existem centros específicos para esta modalidade, o que é defendido e
requisitado por algumas pessoas em nosso país, ou seja, a criação de um Centro Logístico Nacional Humanitário.
Tem interesse pelo assunto? Na internet tem alguns materiais disponíveis
com mais detalhes e exemplos da aplicação da logística humanitária, eu indico o
site: http://www.logisticahumanitaria.org
Leonardo Ferreira
Consultor Organizacional
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