Sejam bem Vindos!

Devido aos grandes e novos desafios das organizações, perante um mercado globalizado e cada vez mais exigente, surge a necessidade dos profissionais se atualizarem em busca de novas soluções. Este blog vem com o intuito de trazer atualidades e tendência em Gestão Empresarial como meio de auxiliar profissionais e estudantes.



Pesquisar este blog

domingo, 8 de janeiro de 2012

O “Maior dos Desafios” dentro dos Armazéns

Cada vez mais os profissionais de logística se depararão com novos obstáculos na gestão e operação de armazéns.Além dos tradicionais desafios ligados à administração dos estoques, obsolescência de produtos e materiais, acuracidade do inventário, segurança patrimonial, gestão da mão-de-obra, produtividade operacional e logística reversa, outros problemas surgirão, e de mais difícil solução, principalmente aqueles relacionados à questão de infra-estrutura, que se manifestam na falta de espaço para a estocagem e consequentemente na utilização de corredores e áreas externas, dificuldades no recebimento e conferência dos materiais recebidos, atrasos na expedição, impossibilidade de organizar o armazém adequadamente, excessivos gastos com horas-extras, não realização do PEPS (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai), estocagem sem respeito aos critérios de endereçamento e outros.Podemos considerá-los de difícil solução porque geralmente envolvem grandes investimentos na remodelação ou adequação do prédio, mudança de layout ou a construção de novas instalações. Nesse momento, algumas empresas acabam optando pela terceirização logística, transferindo aos Operadores Logísticos o ônus pelos investimentos necessários. Qualquer que seja a solução adotada, todas são medidas de médio prazo, e que demandarão pelo menos seis meses de trabalho árduo.A grande maioria dos armazéns foi construída baseando-se em conceitos antigos, com baixo pé-direito, piso ruim, sistemas de ventilação e iluminação inadequados, pequena quantidade de docas, espaço insuficiente para manobras e estacionamento de veículos, etc.Os novos armazéns, apesar de contemplarem importantes premissas operacionais em seus projetos, ainda falham principalmente no dimensionamento de docas. No novo ambiente empresarial tornou-se OBRIGATÓRIO o correto dimensionamento de docas, em função de cada vez mais priorizarmos o fluxo de materiais, e menos a estocagem dos produtos. Teremos armazéns menos estáticos e mais dinâmicos.Ao projetar um novo armazém, ainda se utiliza a regra 1:1.000 m², ou seja, uma doca para cada 1.000 m² de área operacional construída, quando, na verdade, deveríamos dimensionar pelo menos uma doca a cada 500 m². Portanto, um armazém com 10.000 m² de área, teria, ao invés de 10 docas, 20 docas construídas. Armazéns exclusivamente dedicados a operações de cross-docking, principalmente os terminais ou hubs das grandes empresas de transporte de carga fracionada, devem prever uma doca a cada 150 a 250 m², dependendo do fluxo considerado.Erros no dimensionamento de docas custarão muito caro às empresas, se traduzindo em maiores efetivos operacionais, maior número de equipamentos de movimentação, altos níveis de avaria nos materiais, maiores riscos de acidentes, maiores estoques e maiores dificuldades na conciliação dos estoques físicos e contábeis.

agosto/2.006
Marco Antonio Oliveira Neves,Diretor da Tigerlog Consultoria, Hunting & Outplacement e Treinamento em Logística Ltda
.marcoantonio@tigerlog.com.br
www.tigerlog.com.br

Um comentário:

  1. É difícil de compreender que problemas desta natureza ainda ocorram nos dias atuais. A Gerência de estoque, ou o nome que se queira dar, surgiu com a finalidade de otimizar os
    recursos de maior valor de uma empresa: a Matéria Prima e Produtos Acabados (correspondentes entre 50 e 60% dos complexos custos da estrutura industrial), utilizando-se de toda uma inteligência hoje existente dirigida a esta finalidade. Me parece muito antagônico, investir na otimização do recurso e provocar desperdicios por questões de estrutura dos armazéns e o pior, um armazém novo já nascendo com erros de projeto. Mas isto me submete a uma reflexão: Os gerentes, diretores, responsáveis pelas áteas de estoques, não estão devidamente preparados para fazer um eficaz MKT de resultados junto à mais alta direção e principalmente à area finaceira das empresas. Se perdem nas tarefas do dia a dia e esquecem do essencial: demonstrar resultados, criarem indicadores de gestão eficientes para demonstrá-los. Sem a demonstração de resultados, os profissionais envolvidas perdem prestígio, para não dizer: serem esquecidos. Sem prestígio ou quase no esquecimento, não se consegue recurso algum junto às áreas que os detém, no momento de negociá-los para aplicação nas áreas estruturais e operacionais dos armazéns.
    É uma pena ver excelentes profissionais, trabalhando mais que oito horas por dia e verem seus trabalhos não produzirem tudo o que deviam. E culpar a estrutura organizacional me parece uma atitude equivocada, pois estes profissionais foram preparados para "gerir". Portanto se estão gerindo um bem tão precioso com falhas estruturais, estão gerindo parte do todo e não o todo.

    José Reis
    Engº Industrial Mecânico,
    Gestor dos Cursos Técnicos do INAMAN,
    Professor de Gestão Empresarial

    ResponderExcluir