Resenha crítica do texto: LA DEMOCRACIA ALIMENTARIA: Soberanía alimentaria y Agroecología Emergente. COLLADO, A.C.; MONTIEL, M. S.; FERRE, M. R. 2011.
Inúmeras mudanças vem ocorrendo desde a produção até o consumo, dentro desta globalização capitalista vem ocorrendo algumas conseqüências, entre elas: desarticular estratégias de cooperação social, tradicional o inovadora; a especulação sobre as matérias primas que levam ao desabastecimento e a perca de formas de vida ancoradas em uma agricultura sustentável; o aumento de oligopólios que ditam o que e como nos alimentamos; fortes medidas de apoio econômico e judicial a quem comercializa em seu beneficio as sementes e distribui alimentos; impactos no meio ambiente que não são considerados na agroindústria transnacional; fortes barreiras ao desenvolvimento de redes de comercialização locais; tecnologia e investigação publica orientada principalmente para uma agricultura insustentável.
Este sistema não é sustentável, nem foca meio ambiente e a sociedade. Devido a estes fatores a critica agroecológica vem estabelecendo mudanças que se trata de democratizar o conhecimento, de co-produzir outras regras de jogo entre os participantes que se opõem a esta situação de injustiça. Neste foco surge o conceito de soberania alimentar, atendendo a esta necessidade de democratizar as relações de produção e consumo, se queremos seguir vivendo e habitando (dignamente) este planeta.
O capitalismo altamente consumista estaria entrando em uma fase histórica de grande degradação de energia material (onde pode citar o crescimento da pressão sobre os recursos hídricos, empobrecimento dos solos e a crise energética) e cultural (deslegitimação de valores, recursos simbólicos e práticos). Havendo a corrosão de fundamentos sociais básicos para a reprodução da vida.
A globalização capitalista se torna insustentável e angustiosa, onde trezentos milhões de pessoas sofrem de obesidade ou sobre peso. Crises alimentares põem em evidencia a fragilidade das redes que se apóiam em uma produção intensiva e industrializada.
A organização alimentar juntamente com a globalização se fundamentam em uma base tecnológica chamada de revolução verde. A modernização agrária começou a se impor, com o apoio institucional das políticas agrárias, nas zonas rurais de todo o mundo, como elemento fundamental para o crescimento econômico de base urbanoindustrial nos países enriquecidos e peça chave da proposta neocolonial de dominação nos espaços periféricos.
É necessário a construção de novos saberes e novos praticas que dêem lugar a inovações sociais na área alimentar. Entre os saberes, a agroecología aparece um intento de co-produzir e recuperar formas de ação coletiva que permita o manejo sustentável, social e ambiental, dos recursos naturais que transformamos e necessitamos para nos alimentarmos.
A agroecología propõe um enfoque alternativo ao da ciência convencional para a analise dos sistemas agroalimenticios e dessenvolvimento rural. Um desenho e manejo sustentável dos agroecosistemas com critérios ecológicos através de formas de ação social coletiva e propostas de desenvolvimento participativo que contribuam e dêem respostas sustentáveis e globais para a satisfação de nossas necessidades básicas. Os autores destacam três dimensões de analise na agroecología: dimensão técnico produtiva; dimensão socioeconômica; e dimensão sociopolítica. Neste sentido, a agroecología ajuda a co-produzir globalmente outros meios dos recursos naturais mediante a novas situações, enfoque global e vinculação.
Um novo conceito que surge dentro desta necessidade de mudança e o de soberania alimentar, que é definido como:
“O direito das pessoas, dos países e das uniões de estados a definir suas políticas agrícolas e alimentares em transferir matérias primas agrícolas de países estrangeiros. A soberania alimentar organiza a produção e o consumo de alimentos em função das necessidades das comunidades locais, dando prioridade a produção do consumo local. A soberania alimentar engloba o direito de proteger e regular a produção agrícola e pecuária nacional e a proteger o mercado domestico de entradas de excedentes agrícolas e importações de baixo custo de outros países. As pessoas sem terra, os camponeses e pequenos agricultores devem ter acesso a terra, a água e as sementes, assim como os recursos produtivos e os serviços públicos. A soberania e a sustentabilidade alimentar são uma alta prioridade, mais que as políticas comerciais”.
É contra a industrialização e comercialização da agricultura, a soberania alimentar defende o direito das pessoas definir suas próprias políticas agroalimentares baseadas em sistemas de produção sustentáveis, do ponto de vista ambiental, social e econômico e apropriados culturalmente de circunstancias únicas.
Alguns países tem incorporado as premissas da soberania alimentar as suas constituições nacionais e suas leis. Os autores dão exemplo do novo cooperativismo agroecológico no estado espanhol e seus resultados.
A soberania alimentar pode contemplar-se como um programa político de curto prazo. No entanto, esta deve ser aplicada através de uma democracia participativa, que se abrem para permitir o desenvolvimento de instituições locais que amparem as deixas emergenciais. A democracia participativa tende a ser mais uma ferramenta das agendas do poder neoliberal, como se mostra em muitas iniciativas de comercio justo para países ricos onde a certificação ecológica da lugar a um oligopólio no comercio de produtos orgânicos.
Os autores defendem uma mudança radical no sistema hoje empregado junto aos países, caracterizado pelo capitalismo global, de forma reestruturar novas redes onde as atividades de produção até o consumo sejam sustentáveis em função da própria sociedade.
No entanto para esta reestruturação é necessário a “libertação”, principalmente dos países subdesenvolvidos, da dependência das grandes potencias que ditam as regras do jogo, definindo e caracterizando as demandas e interferindo diretamente nos processos produtivos. Penso que ainda estamos distantes de conseguir esta independência, o que não impossibilita mudanças dentro de nossos processos incorporando os conceitos de agroecológia, no entanto para uma melhor aplicabilidade e uma real sustentabilidade quebrar estes elos é fundamental.
Leonardo Ferreira
Consultor e Professor
Este sistema não é sustentável, nem foca meio ambiente e a sociedade. Devido a estes fatores a critica agroecológica vem estabelecendo mudanças que se trata de democratizar o conhecimento, de co-produzir outras regras de jogo entre os participantes que se opõem a esta situação de injustiça. Neste foco surge o conceito de soberania alimentar, atendendo a esta necessidade de democratizar as relações de produção e consumo, se queremos seguir vivendo e habitando (dignamente) este planeta.
O capitalismo altamente consumista estaria entrando em uma fase histórica de grande degradação de energia material (onde pode citar o crescimento da pressão sobre os recursos hídricos, empobrecimento dos solos e a crise energética) e cultural (deslegitimação de valores, recursos simbólicos e práticos). Havendo a corrosão de fundamentos sociais básicos para a reprodução da vida.
A globalização capitalista se torna insustentável e angustiosa, onde trezentos milhões de pessoas sofrem de obesidade ou sobre peso. Crises alimentares põem em evidencia a fragilidade das redes que se apóiam em uma produção intensiva e industrializada.
A organização alimentar juntamente com a globalização se fundamentam em uma base tecnológica chamada de revolução verde. A modernização agrária começou a se impor, com o apoio institucional das políticas agrárias, nas zonas rurais de todo o mundo, como elemento fundamental para o crescimento econômico de base urbanoindustrial nos países enriquecidos e peça chave da proposta neocolonial de dominação nos espaços periféricos.
É necessário a construção de novos saberes e novos praticas que dêem lugar a inovações sociais na área alimentar. Entre os saberes, a agroecología aparece um intento de co-produzir e recuperar formas de ação coletiva que permita o manejo sustentável, social e ambiental, dos recursos naturais que transformamos e necessitamos para nos alimentarmos.
A agroecología propõe um enfoque alternativo ao da ciência convencional para a analise dos sistemas agroalimenticios e dessenvolvimento rural. Um desenho e manejo sustentável dos agroecosistemas com critérios ecológicos através de formas de ação social coletiva e propostas de desenvolvimento participativo que contribuam e dêem respostas sustentáveis e globais para a satisfação de nossas necessidades básicas. Os autores destacam três dimensões de analise na agroecología: dimensão técnico produtiva; dimensão socioeconômica; e dimensão sociopolítica. Neste sentido, a agroecología ajuda a co-produzir globalmente outros meios dos recursos naturais mediante a novas situações, enfoque global e vinculação.
Um novo conceito que surge dentro desta necessidade de mudança e o de soberania alimentar, que é definido como:
“O direito das pessoas, dos países e das uniões de estados a definir suas políticas agrícolas e alimentares em transferir matérias primas agrícolas de países estrangeiros. A soberania alimentar organiza a produção e o consumo de alimentos em função das necessidades das comunidades locais, dando prioridade a produção do consumo local. A soberania alimentar engloba o direito de proteger e regular a produção agrícola e pecuária nacional e a proteger o mercado domestico de entradas de excedentes agrícolas e importações de baixo custo de outros países. As pessoas sem terra, os camponeses e pequenos agricultores devem ter acesso a terra, a água e as sementes, assim como os recursos produtivos e os serviços públicos. A soberania e a sustentabilidade alimentar são uma alta prioridade, mais que as políticas comerciais”.
É contra a industrialização e comercialização da agricultura, a soberania alimentar defende o direito das pessoas definir suas próprias políticas agroalimentares baseadas em sistemas de produção sustentáveis, do ponto de vista ambiental, social e econômico e apropriados culturalmente de circunstancias únicas.
Alguns países tem incorporado as premissas da soberania alimentar as suas constituições nacionais e suas leis. Os autores dão exemplo do novo cooperativismo agroecológico no estado espanhol e seus resultados.
A soberania alimentar pode contemplar-se como um programa político de curto prazo. No entanto, esta deve ser aplicada através de uma democracia participativa, que se abrem para permitir o desenvolvimento de instituições locais que amparem as deixas emergenciais. A democracia participativa tende a ser mais uma ferramenta das agendas do poder neoliberal, como se mostra em muitas iniciativas de comercio justo para países ricos onde a certificação ecológica da lugar a um oligopólio no comercio de produtos orgânicos.
Os autores defendem uma mudança radical no sistema hoje empregado junto aos países, caracterizado pelo capitalismo global, de forma reestruturar novas redes onde as atividades de produção até o consumo sejam sustentáveis em função da própria sociedade.
No entanto para esta reestruturação é necessário a “libertação”, principalmente dos países subdesenvolvidos, da dependência das grandes potencias que ditam as regras do jogo, definindo e caracterizando as demandas e interferindo diretamente nos processos produtivos. Penso que ainda estamos distantes de conseguir esta independência, o que não impossibilita mudanças dentro de nossos processos incorporando os conceitos de agroecológia, no entanto para uma melhor aplicabilidade e uma real sustentabilidade quebrar estes elos é fundamental.
Leonardo Ferreira
Consultor e Professor
Informativo Sustentavél por Leonardo Ferreira
Recentemente tive a oportunidade de conhecer a propriedade / comunidade Yamaguishi em Holambra, um verdadeiro exemplo de sustentabilidade.
O Yamaguishi procura de forma que não agrida o ser humano e a Natureza, a excelência em qualidade de vida. Pensando num mundo melhor, onde as pessoas vivam em harmonia entre si e com a Natureza é que criamos a nossa filosofia.O Yamaguishi tem um objetivo claro e transparente: proporcionar as pessoas um mundo mais alegre em equilíbrio, se alimentando com fontes realmente ricas e nutritivas, aproveitando o que a Natureza tem de melhor.
Hortaliças verdadeiras, frutas saborosas, ovos e produtos inigualáveis esperam que você também os prestigie assim como a nossa sociedade Yamaguishi prestigia.
Para conhecer um pouco mais e/ou para adiquirir produtos do Yamaguishi acesse: http://www.yamaguishi.com.br/
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